Tudo começou quando Efraim Filho deixou o palanque de João Azevedo pelo de Pedro Cunha Lima. O deputado federal avaliou a situação, viu que a companhia de João Azevedo lhe traria mais ônus do que bônus e bateu asas para o ninho tucano, deixando o espaço aberto, antes tão disputado, para Aguinaldo Ribeiro sair pela Paraíba pedindo voto abraçado ao governador.
Isso aconteceu no final de março. Mais de um mês depois, e uma viagem de férias para a Europa de João Azevedo, e Aguinaldo Ribeiro sequer anunciou sua candidatura. Pior, o mais provável é que o deputado federal do Centrão anuncie em breve sua desistência de concorrer ao Senado e volte para a disputar mais uma vez uma vaga para a Câmara dos Deputados, que, convenhamos, é adequada ao tamanho de Aguinaldo Ribeiro.
Aliás, já se especula o nome do ex-reitor da UEPB, Rangel Jr. (PCdoB), para assumir o lugar de Aguinaldo. Essa quimera deve ter sido imaginada pelos estrategistas de João Azevedo, verdadeiros elefantes soltos em uma loja de cristais, para retirar a candidatura amplamente favorita de Ricardo Coutinho por dentro da Federação e facilitar, com isso, a eleição de Efraim Filho para o Senado. Como o PT tem candidato, essa especulação não passa de mais um diversionismo.
O problema crescente de João Azevedo, e que se torna mais visível quanto mais a eleição se aproxima, é que o governador depende exclusivamente e cada vez mais da força da máquina estadual para se reeleger, o que tem sua importância, mas não se sobrepõe à falta do que mostrar ao eleitorado durante a campanha. E obras estrurantes e ações administrativas inovaodras são o que mais faltam a João Azevedo e a seu governo.
Isso explica um segundo problema, que em breve entrará na pauta eleitoral. Já notaram que caiu muito o interesse pela ocupação da vaga de candidato a vice-governador de João Azevedo? E quase ninguém mais cogita ou é cogitado para assumir um lugar que, caso João Azevedo seja eleito, tem uma grande probabilidade de se tornar governador em 2026 e ser candidato à reeleição?
Quem já passou o olho por algumas pesquisas de consumo interno sabe a razão tanto para as atitudes de Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro, como para o desinteresse em assumir o lugar de vice de João Azevedo.
E isso pode explica outro mistério: por que já estamos em maio e nenhum meio de comunicação divulgou qualquer pesquisa eleitora?
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