Estava até demorando. Mas, o fato é que um País em que a bandidagem assaltou a Petrobrás, apropriou-se de recursos dos fundos de pensão, do BNDES, da Eletrobrás e outras tantas empresas, até demorou para a Polícia Federal identificar as digitais desses malandros também nas obras da Transposição. O roubo é literalmente generalizado.
Segundo a PF, na Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória (personagem do livro de Zé Lins do Rego), foi identificado um esquema de superfaturamento de aproximadamente R$ 200 milhões nas obras da Transposição, entre Paraíba e Pernambuco. Empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa, responsáveis pela obra, utilizaram empresas de fachada para desviar os recursos.
O detalhe é que alguns dessas empresas tinham como sócio, olha só, o doleiro Alberto Yousseff. Aquele mesmo preso na Operação Lava Jato.
Obra – A Transposição é uma obra orçada, atualmente, em R$ 8,2 bilhões (quando iniciou em 2006 era R$ 4,5 bilhões), e promete levar água do São Francisco para 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e beneficiar aproximadamente 12 milhões de habitantes. Segundo o Ministério da Integração Nacional, a demora na entrega dos trechos acontece devido à burocracia na escolha das empresas e na adaptação dos projetos iniciais.
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